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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

[7590] - OLÁ!...ATÉ AMANHÃ!...


O Celestino, há muito que trabalhava numa fábrica de carnes, que contava com enormes câmaras frigoríficos que era da sua responsabilidade inspeccionar...
Uma tarde, ao dar por findo o seu dia de trabalho, um golpe de ar surpreendeu-o dentro de uma das câmaras, fechando a porta que era impossível abrir pela parte de dentro...
De nada serviria gritar ou bater na porta: ninguém o ouviria e o Celestino, enregelado mau grado a protecção adicional do colete térmico começou a aperceber-se de que só um milagre o salvaria de uma morte atroz...
Teria passado uma hora, quando, afinal, o milagre se deu e ele sentiu, mais do que ouviu, a porta da enorme câmara abrir-se...Era o segurança que, solicito o amparou para fora da armadilha mortal!
Instado a explicar o que se passara, o segurança explicou:
- Eu trabalho nesta fábrica há mais de 35 anos e o Celestino é o único que, pela manhã, quando entra, me saúda com um jovial "olá!" e, à tardinha, à saída, se despede com um sonoro "até amanhã!"... Para os outros trabalhadores, é como se eu fosse invisível...Hoje, depois de, de manhã, o ter visto entrar e ouvido o seu "olá!", estranhei quando, muito depois de todos terem saído, não ter ouvido o seu "até amanhã!"...Por isso, vim procurá-lo e, graças a Deus, encontrei-o!...
Moral da história - Ser humilde e respeitar o próximo não custa nada, e pode salvar-lhe a vida!

-Adaptação de uma história ilustrada recebida
por e.mal de Adriano Miranda Lima.

5 comentários:

  1. Esta história tem mais barbas que o velho Matusalém e aqui está muito mal contada... Acontece que isto se passou na Congel, em 1965, e o Adriano resolveu dar-lhe esta roupagem de bondade que de facto não existiu na versão original. O Arrozcatum acredita em tudo, está visto!... A coisa soube-se logo a seguir na Rua de Lisboa e também na Praça Nova, aí primeiro, devido a maior proximidade dos frigoríficos da Congel. Acontece que o tal segurança era afinal o Djosa de nha Bia que desejoso de fazer uma patuscada de bifanas na Matiota com uns amigos se dirigiu ao frigorífico onde estava a melhor carne e surpreendido deu de caras com o Nhelas d'Micá, antigo centro direito dessa prestigiada agremiação. Enfim, para não perder a face e não dar nas vistas com a inusitada aparição no local, inventou logo esta patranha que se tornou célebre em todo o Mindelo. Como remate, a festarola só teve lugar daí a duas semanas, quando o nosso amigo conseguiu finalmente subtrair uns bons nacos de carne argentina do local. Não sei como o Arroz não sabe uma coisa destas que até Maria Salema contava por toda a morada.

    Enfim, o Adriano enfia cada barrete às pessoas...
    Braça desmentida,
    Djack

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  2. A criatividade deste homem não tem limites e espanta-me que nunca tenha escrito textos para o Solnado...Esta história da Congel não tem nada a ver com o original recebido do Adriano e creio que nas câmaras daquela só havia atuns e similares...
    Braça céptica
    Zito.

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  3. Ca bocês criditá na Zite! Verdad é só um, ess c'm dzê e más nenhum!

    Braça ta tcherá bife,
    Djack

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  4. Mas, já agora, sempre digo que comi cerejas (sim, cerejas!) vindas ou da Congel ou da Frigorífica, isso é que já não consigo recordar. Lembro-me bem de chegar a nossa casa uma caixinha com cerejas que um qualquer amigo nosso de lá nos ofereceu, verdadeiro tesouro nas ilhas, à época e talvez ainda hoje. Parece mentira, não é? Mas é bem verdade. Na Frigorífica, o nosso amigo era o Manjua; na Congel era um outro senhor europeu, cujo nome se me eclipsou da memória (tinha uma filha uns dois ou três anos mais nova que eu). Foi de certeza um deles quem nos ofereceu as cerejas, mas viro-me mais para aquele de quem não recordo o nome, o da Congel.

    Braça de diazá,
    Djack

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  5. Quem tinha, frequentemente, fruta fresca de Portugal era a Frigorífica e recordo-me bem do amigo Manjua - e da filha, claro! Não me lembro dos nomes do pessoal da Congel...
    Braça di sôdade
    Zito

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