Agora, quero dizer que usar o argumento de que "Felizmente ou infelizmente vivemos num país democrático, a maioria sempre ditou as regras" coloca uma questão interessante: quem é a maioria desde sempre? Se sempre houve esta maioria, logo, sempre será esta maioria a decidir a seu favor. Logo, de que democracia estamos a falar quando o jogo está ganho à partida? Com este argumento Santiago (Praia) terá que ganhar todas as "disputas". Então, se queremos usar este argumento recomendo que se retire a democracia da equação. Há um ditado que diz "Não é porque a maioria tem a mesma opinião que a maioria tem razão".
A oficialização do crioulo não terá nada de democrático!
A língua é uma forma de domínio e é preciso muita cautela nesses jogos políticos, desfiles de egos, escassez de embasamento científico, imposição pela maioria e outros discursos que têm sido apresentados aos verdadeiros donos da Língua cabo-verdiana: o Povo. (Odair Varela, jornalista)
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ResponderEliminarAntes de jogo politica servindo de cobertura, estamos perante uma desonesta forma de dominação ràcica a qual deve ser combatida, como deve ser, mas falta-nos a coragem para avançarmos com nossos medos e contra eles também.
Falta-nos a coragem para interrogar, para remover, para provocar uma implosão e enfrentar o peso que nos esmaga. Sem isso, o medo continua a nos encurralar num cerco que nos impede de cumprir nossos deveres e nossos sonhos.
Há que vencer o medo para combater o chauvinismo, o bairrismo, o delírio, o fanatismo e a xenofobia.Tanto mais que somos um país de países.
Ema Rodrigues
Os jornalistas não foram audaciosos nem previsíveis para enfrentarem o fanatismo que se desenvolvia sorrateiramente e agora aparecem individualmente em vários periódicos. Mas ainda ninguém pensou pegar no estandarte como o arauto de um exército em defesa da maioria silenciosa e do Direito contra o ódio ao estrangeiro e crime de lesa cultura
ResponderEliminarDesgraçadamente a maioria tem sido silenciosa e permissiva o que deu a impressão de incapacidade de pegar o touro pelos cornos. E, como ninguém quis defender-se agora levamos marradas.
João de Deus Soares
Não podia estar mais de acordo com o jornalista. Estão a brincar com uma questão que é mesmo muito séria.
ResponderEliminarFelicito os comentários da Ema Rodrigues e do João de Deus Soares.
Este post curto diz tudo
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