Nuno A. Ferreira |
Nesta história da regionalização e do centralismo, contam pouco (até por razões óbvias) as minhas convicções pessoais, mas creio que há um afunilamento de discurso que está a passar despercebido aos protagonistas do pensamento regionalista e que, no final, serve os interesses que estes querem combater. É como se a mais cosmopolita das ilhas, a cidade construída, aberta ao mundo como nenhuma outra, o berço da intelectualidade cabo-verdiana, se achasse agora incapaz de alcançar a polis, contentando-se com a parte por não conseguir influenciar o todo.
De facto, ela está mesmo incapaz de "alcançar a polis" porque foi esvaziada da sua alma, leia-se, a sua intelectualidade dinâmica e activa. Tudo se transferiu para a Praia, e nisso reside o problema.
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