No topo da "Rua de Lisboa", este belo edifício, que era o Palácio do Governo, em 1975 foi rebaptizado como Palácio do Povo muito embora, na realidade, tenha sido, até agora, o Palácio do Presidente, quando calha este deslocar-se a S.Vicente...Nunca chegou a ser, afinal, Palácio do Povo coisa que, ao que parece, estará para acontecer, a acreditar na notícia de que a Presidência da Republica de Cabo Verde cedeu, ou vai ceder, o dito Palácio à Câmara Municipal de S.Vicente, por um prazo de cinco anos...
Claro que a "cedência" é uma notícia importante mas, o prazo, esse é, no mínimo, anedótico!
Ao que parece, pretende-se, com este empréstimo, fomentar actividades artistico-culturais nas quais, como é óbvio, a edilidade terá que investir parte do seu magro orçamento...Não sabemos que tipo de actividades poderão ser fomentadas para, em tão curto prazo, possibilitarem a recuperação dos necessários investimentos e, de duas, uma: ou as manifestações artistico-culturais vão custar ao povo - que devia ser o dono do local - os olhos da cara, ou se vão resumir a coisas baratuchas e de baixo nivel que não provoquem nenhum rombo extra nas finanças do município...Em qualquer dos casos, portanto, a montanha parirá um rato, pois o tempo de gestação não chegará para gerar um bicho maior!
Melhor decidiria Sua Excelência o Presidente da República se:
ResponderEliminar" Cedesse verbo e verba para a recuperação do Eden-Park , o melhor edifício mindelense para o efeito...
Não por 5 anos, mas "ad aeternum"....
Não acertam uma!!!!
Este palácio pertence à ilha e à cidade e devia-lhe ser devolvido definitivamente. Está muito mal utilizado, na maior parte do tempo entregue a moscas, baratas e ratos. Devia ser usado como um espaço cultural, por exemplo exposições ou algo melhor, ou seja reatbilizado. Vamos ver a utilização condigna que CMSV vai dar. Um presidente do seculo XX não precisa de uma casa tão grande e magestosa, De resto hoje é mais agradável um apartamento com todas as comodidades. Mas cinco anos é amanhã. Depois vem outro presidente acaba tudo...
ResponderEliminarO património da ilha de S. Vicente, e não só, está entregue aos bichos. É o que acontece quando não se tem no poder gente devidamente preparada para os cargos que desempenham. Não perceber a importância do património histórico é não ter memória nem bússola.
ResponderEliminarUm problema destes patrimónios é o custo de manutenção e conservação na sua utilização, e o equilíbrio destes dois factores é que está o problema. Temos nesta cidade edifícios patrimónios do Estado e degradar-se também porque não se sabe que destino deve ser dado em caso de ser reabilitação, uma vez que todo investimento deve ser rentabilizado.
ResponderEliminarEsta cedência tem um outro lado que não se conhece. Uma coisa é certa vai ser mais um encargo financeiro para a Câmara, e um alivio para a Presidência da Republica. Agora que daria um bom Hotel, isto não tenho dúvidas
ResponderEliminarMeus caros,
Onésimo Silveira, ao tempo Presidente da Câmara de São Vicente, fez tudo para recuperar o Palácio de Soncente junto de Carlos Veiga, Primeiro Ministro, uma vez que o Estado central se apoderara de todos os imóveis com valor material e simbólico, deixando migalhas à Câmara Municipal e ao povo de Soncente. Eu mesmo, solicitado por Onésimo Silveira, cheguei a falar do assunto ao Presidente da República Marcarenhas Monteiro, que me disse não dispôr de poder para ceder o Palácio à Câmara Municipal, pois a questão do património era do foro do Governo. O que acho estranho é esse empréstimo por cinco anos, autorizado por Manuel Faustino, chefe da Casa Civil de Presidência da República, e não pelo Presidente Jorge Carlos Fonseca. Quem sabe se o José Maria não virá a anular este acordo entre a Casa Civil e a Câmara Municipal. Parece-me que este fejom tem tucim... Porque somente o Palácio do Governo quando temos outros prédios do Estado em total abandono em São Vicente, como a Administração Velha, o Liceu Gil Eanes, os quarteis, etc, ??? Devia-se sim lutar pelo regresso ao Município de todos os prédios do Estado localizados em São Vicente e não da cedência por emprestimo daquilo que é nosso!
Luiz Silva
Afinal esta notícia era muito boa para ser verdade apesar da paródia dos 5 anos: a moeda de troca foi a morte do Eden Park
ResponderEliminarOs problemas que os políticos inventam de custos de manutenção, conservação e destinoa dar aos edifícios públicos e que usam como desculpas para se livrarem desse património é uma falsa questão quando verificamos a ausência de espaços para determinados eventos como por exemplo exposições, conferências, museus etc. e que na capital continuam a construir para esses fins. Quando há vontade aparece sempre o dinheiro. Note-se que uma Ilha como S. Vicente, o berço da cultura de Cabo Verde, não possui um Centro de Congressos e Exposições. Por exemplo a Autarquia optou por criar uma Casa da Música quando que poderia ter adquirido o Eden-Park e convertê-lo num Complexo Cultural abrangendo a área da música e espectáculos. É tudo uma questão de cabeça. Não dá para entender, ou melhor dá…..
ResponderEliminarMatrixx