De acordo com um estudo da Afrosondagem, que será apresentado esta quarta-feira, na cidade da Praia, a polícia cabo-verdiana é a instituição mais corrupta do arquipélago.
A perceção de corrupção, segundo o estudo, «é baixa» mas tem vindo a crescer. Esta perceção atinge todos os setores de atividade, sendo que a polícia é considerada a instituição mais corrupta do país, com 19 por cento contra nove pontos percentuais dos juízes e magistrados, apontados como os menos corruptos.
Ainda segundo o mesmo estudo, os níveis de corrupção em Cabo Verde têm-se alastrado entre as instituições eleitas e entre as não eleitas, o que chega para concluir que nenhuma delas está imune a esta perceção cada vez mais crítica por parte da população. Cerca de 15 por cento dos inquiridos consideraram também que há corrupção entre os funcionários públicos em geral e entre os funcionários das finanças em particular.
Na política, foram os eleitos locais, como os presidentes e vereadores das autarquias, assim como o gabinete do primeiro-ministro, que obtiveram a pior avaliação, com 15 por cento dos inquiridos a considerarem que estão envolvidos em atos de corrupção.
O estudo revela também que 34 por cento dos cabo-verdianos se sentem impotentes perante o fenómeno, enquanto 55 por cento afirmam poder fazer a diferença na luta contra a corrupção.
O papel da comunicação social na denúncia dos casos de corrupção foi também analisado no estudo, com 34 por cento dos inquiridos a afirmarem que os media cabo-verdianos têm sido pouco eficazes nessa denúncia, enquanto 15 por cento consideram que têm sido eficazes.
Daniel Almeida, Cabo Verde
- A Bola - África -
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