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segunda-feira, 11 de abril de 2016

[9112] - VINDIMA, ATÉ AO LAVAR DOS CESTOS...

Mesmo no final do mandato, o ministro da Defesa não se inibe de efetuar despesas desnecessárias. A partir de hoje, Semedo vai visitar os comandos militares do país sem que nada o justifique. “Fomos surpreendidos pelo anúncio da visita (…) não há nada que a justifique, a não ser que o Dr. Rui Semedo se queira despedir. Não era preciso gastar tanto, bastava fazer um telefonema”, disse ao CVD uma fonte militar


A poucos dias de deixar o cargo – e sem nada de substantivo que o justifique – o ministro da Defesa, Rui Semedo, efetua a partir desta segunda-feira uma visita aos comandos da Guarda Costeira e da primeira, segunda e terceira regiões militares, à custa dos contribuintes.

Fontes militares ouvidas pelo nosso jornal dizem não entender as razões das visitas, já que não há qualquer atividade que justifique a presença do ainda ministro.

“Fomos surpreendidos pelo anúncio da visita do ministro da Defesa, não há nada que a justifique, a não ser que o Dr. Rui Semedo se queira despedir. Não era preciso gastar tanto, bastava fazer um telefonema”, disse ao Cabo Verde Direto um militar do Mindelo não escondendo a ironia.

O povo é que paga!!!

“Se queria despedir-se, que pagasse do seu próprio bolso”, diz ainda a nossa fonte, recordando que “este ministro gosta de passear à conta do povo”, aludindo ao escândalo que rebentou em janeiro último, quando Rui Semedo foi acusado, pela deputada Joana Rosa, de ter utilizado o avião da Guarda Costeira para ir a um casamento na ilha do Maio.

Na ocasião, a parlamentar do MpD foi demolidora: “Enquanto as pessoas adoecem e são transportadas de bote para a Cidade da Praia, temos o ministro das Forças Armadas, que é a pessoa de Rui Semedo, a utilizar avião da Guarda Costeira, do Estado, para ir ao casamento na ilha do Maio e os maienses ficam à espera de um avião para transportar doentes”, denunciou a indignada Joana Rosa.

No entanto, Rui Semedo reagiu dizendo que não tinha ido ao casamento na aeronave, mas sim aproveitado uma boleia no regresso à Praia. “O avião foi alugado diretamente da Guarda Costeira em São Vicente e foi de facto para a ilha do Maio para levar familiares do noivo que é da Boa Vista. Isto pode ser confirmado e comprovado”, disse o ministro perante um país espantado em saber que a Guarda Costeira aluga o seu avião a particulares, em vez de o ter sempre disponível para eventuais emergências, como seja o transporte de doentes evacuados.

Redação /Cabo Verde Direto/


1 comentário:

  1. A ética republicana terá de entrar nos hábitos da governação. Até admito que outros casos semelhantes a este, talvez até mais graves, se tenham passado.

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