O Estado paga mensalmente cerca de 100 mil contos para os aviões poderem levantar rodas, para além de a dívida da empresa, apenas de 2012 até hoje, se situar nos 12 milhões de contos, resultado de uma gestão incompetente e nada transparente. Alguns sacrifícios terão de ser feitos, para mais num país onde a dívida pública se situa nos 130% do PIB
Para voar, a TACV custa ao Estado, mensalmente, cerca de 100 mil contos, uma verba que daria para pagar o salário mínimo nacional a qualquer coisa como 10 mil trabalhadores caboverdianos.
A revelação destes números foi feita esta terça-feira pelo ministro da Economia e Emprego, José Gonçalves, ocasião em que anunciou cinco medidas para salvar a transportadora aérea nacional do caos para que foi empurrada nos últimos anos.
“A TACV, não obstante o seu considerável capital humano, que tem pugnado para assegurar uma companhia com operação fiável e segura, uma raridade em África, custa hoje ao Estado de Cabo Verde cerca de 100 mil contos por mês para continuar a voar”, disse José Gonçalves aos jornalistas. Um elevado montante que o Estado “não tem”, para mais quando o endividamento público se situa nos 130 por cento do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo o ministro, ao herdar o “fardo financeiro” que é a TACV para o País, o governo tem de tomar “medidas de fundo” que garantam uma “solução sustentável e duradoura” para a empresa.
Reportando-se às medidas adotadas pelo governo (ver aqui), José Gonçalves reconhece que estas vão “exigir sacrifícios” para debelar uma dívida da TACV que, de 2012 a esta parte, está cifrada em quase 12 milhões de contos.
“Aproveitamos este momento crucial na vida da TACV para apelar ao entendimento dos caboverdianos, mas especialmente ao pessoal da companhia, para colaborar com o governo nas soluções que garantam uma organização sustentável, digna do bom nome de uma companhia que tanto nos orgulha”, disse ainda José Gonçalves... (in Cabo Verde Direto)
Redação | com Inforpress
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