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quinta-feira, 19 de maio de 2016

[9226] - PRAIA - SOMA E SEGUE...

O Movimento para a Democracia (MpD) e Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV) estão disponíveis para viabilizar o Estatuto Especial para a capital do país. A intenção foi manifestada hoje na cidade da Praia pelo primeiro-ministro e presidente do MpD, Ulisses Correia e Silva, e pela presidente e líder da bancada do PAICV, Janira Hopffer Almada, à margem da sessão solene do Dia do Município da Praia, que comemora, hoje, 158 anos de elevação a categoria de cidade.

Para o primeiro-ministro, a questão do Estatuto Especial para a Cidade da Praia não depende só do Governo, mas também do Parlamento, tendo em conta que são necessários dois terços dos deputados, lembrando que enquanto presidente da câmara “lutou muito” para que o mesmo fosse realidade.
Por seu turno, a presidente do PAICV, Janira Hopffer Alamda, espera que agora “definitivamente” a cidade capital venha a ter este estatuto, embora o seu partido defenda, para além do Estatuto Especial, a criação da Região Metropolitana.
No que diz respeito aos desafios da cidade da Praia, Ulisses Correia e Silva, que foi presidente da autarquia local de 2008 a 2016, afirmou que a capital tem um desafio permanente de ser uma cidade mais inclusiva, que consiga resolver os problemas ainda básicos que existem nos bairros e requalificação urbanas, acesso à água e o saneamento.
Em relação ao sector da segurança, avançou que o Governo vai trabalhar em conjunto com a com a edilidade praiense e também com todas as câmaras municipais no sentido de se melhorar “qualitativamente a qualidade” a segurança urbana, com a Polícia Nacional “mais presente” em questões relacionadas com a organização do policiamento de proximidade, que “articule melhor” com a guarda municipal.
Para que a segurança na capital seja solucionada, propôs aprovação da lei da Polícia Municipal, que, ao seu ver, vai permitir uma maior complementaridade com a iluminação pública e sistema de videovigilância, assegurando que é prioridade transformar a Cidade da Praia numa cidade segura. (in Expresso das Ilhas)

3 comentários:

  1. Mas porque é que a capital de um país tem que ter Estatuto Especial para além de ser capital? Nunca percebi isso!! Alguém poderá explicar porque é que a Praia tem que ser a única capital do mundo com esse estatuto?
    Pelo que se saiba Paris, Lisboa, Roma, etc., são especiais por serem capitais e isso dá-lhes uma especialidade implíticita: são A CAPITAL...
    E porque é que Mindelo não pode ter Estatuto Especial, já que é a 2ª cidade do país, a que foi ostracizada durante 40 anos? Há pelo menos meia dúzia de argumentos em favor de estatuto especial para esta cidade. Mas eu sou contra isso, tudo o que ela tiver que ser que o seja por mérito e pelo trabalho!!
    Eu percebo que é uma maneira de aforrar mais dinheiro, sacar dinheiros dos cofres do estado e que é de todo o Cabo Verde , para além dos milhares de milhões de dólares esturricados nesta capital/ilha nos últimos 40 anos, mas que não a tiram do estado caótico, pelo contrário aprofundaram-no... E este dinheiro que não tem servido o povo desta ilha, o zé-povinho, talvez tenha sido a sua desgraça para ela que vive em más ou péssimas condições. Estes dinheiros tem servido às elites gordas, predadoras, gananciosas, de todo o Cabo Verde, compradoras de influências, que têm afluido à capital à procura de favores e posições junto do poder, pela vã glória de mandar!!
    Os deputados de S. Vicente e o Movimento de Regionalização devem lutar contra este estatuto que é mais um insulto a Cabo Verde. Não pode haver "tomem lá regionalização e tomemos cá estatuto especial"!
    Assim, cabo Verde não vai longe!! Se este governo avançar com este estatuto perde toda a credibilidade!! Pelo menos da minha parte perde toda a confiança que nele depositei!!
    José Fortes Lopes (por e-mail)

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  2. Nem passou o Estado de Graças e este governo que parece ter saído da CMP vem com um anúncio polémico, controverso, altamente lesivos para os interesses e a dignidade das outras ilhas deste arquipélago. Mas quem anda a aconselhar os políticos caboverdianos, ou aquela terra é a pátria de eternos aprendizes? Como é possível em período de graças, um governo que catalizou tantas energias dispersas pelas ilhas e pela Diáspora, que se devia primar pelos consensos aparece o estatuto saído da cartola em acordo exclusivo com o partido derrotado num 'dossier' em que o último não avançou por precisamente considerar o terreno ser desfavorável?
    Será que o governo do MPD vai poder honrar os compromissos com o povo ou vai ser a imagem do espelho do PAICV?

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  3. A Praia passa a ser o que New York, Londres, Paris, Lsboa, etc. nunca foram e n~unca serão. Isso é simplesmente uma manifestação de grandeza !!!

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