EM S.VICENTE DE CABO VERDE, AFINAL,
NÃO É APENAS AOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS QUE SE PERMITE A DEGRADAÇÃO ATÉ À RUÍNA TOTAL...
HÁ, PELO MENOS, DOIS ENORMES MONSTROS DE BETÃO CUJAS OBRAS ESTÃO PARADAS E QUE, DECERTO, RAPIDAMENTE ENTRARÃO NUM INEXORÁVEL CICLO DE RUÍNA PRECOCE!
Estas fotos, da autoria de Nuno Miguel Curado Ferreira, ilustram o estado de desorganização em que se encontram alguns serviços públicos no Mindelo, transformando a cidade num autêntico caos urbanístico, enquanto a população, que tradicionalmente costumava ser activamente reivindicativa dos seus direitos de cidadania, se resguarda, agora num "laissez faire" tão incompreensível como a evidente falência do sentimento de orgulho que os mindelenses costumavam ter pela sua cidade!
CORDÁ, MINDELO!!!
Um Deputado Municipal (da oposição) deve perguntar ao Vereador do Urbanismo o que pensa sobre os dois monstros que, brevemente, estarão prontos para a demolição a expensas do(s) proprietàrio(s).
ResponderEliminarPara não se perder a totalidade, podiam vender os apartamentos por preço acessível, no estado em que se encontram, com a obrigação de acabar de os construir num prazo razoável. Seria talvez uma oportunidade para os emigrantes investirem.
O que não falta em São Vicente são prédios inacabados com inquilinos dentro, e fundações e alicerces de prédios a espera de melhores dias. Há vários anos é assim e em todos os bairros subúrbios da cidade uma boa parte das casas é da cor cinzento do betão, parecendo um estaleiro de obras. Casas a espera do acabamento final, ou a espera de pintura.
ResponderEliminarPortanto isso chama-se falta de dinheiro para investir e comprar casa, e agora agravada com este avalanche de casa para todos em construção. Estes dois prédios, pelo seu volume imponente chamaram mais atenção.
Isso de facto é triste, descaracteriza uma boa parte cidade e da ilha, uma autentica "agressão" visual, que se pode constatar a partir dos diversos miradouros que circundam Mindelo
Ê certo que muitos não acabam o exterior para não pagarem os impostos camaràrios (ou urbanos). Isso não devia ser aceite. O Municipio devia actuar logo assim que a casa fosse ocupada.
EliminarConheci um industrial na Chã de Cemitério com um pequeno "palàcio", onde viveu décadas, e morreu deixando a casa por acabar.
Falta-nos o sentido da cidadania. Precisamos de outra educação ou de uma politica diferente se queremos realmente ser uma Nação.
Pode ser falta de dinheiro, mas essa situação de casas em bloco ou por pintar não favorece nada a nossa paisagem urbana.
ResponderEliminarO programa "Casa para Todos" foi uma intrujice politica que não deu o resultado que esperavam. Penso que não avançaremos enquanto não deixarmos de imitar e avançarmos com o que temos, conforme podermos. Antes as pessoas iam construindo como podiaem e no fim tinham algo decente. Hoje, armam-se em arquitectos para criarem os seus "chalets" ou suas "maisons" e apresentam-nos blocos indefinidos que estragam a paisagem.
ResponderEliminarE os senhores arquitectos?
Eduardo Oliveira
O problema é que os dois prédios em construcçao pertencem a um cubano que recebeu antecipadamente o valor do prédio e desapareceu deixando dividas no banco de Cabo Verde. Conheço um casal de francezes em Toulouse que compraram um apartamento e nunca mais conseguiram recuperar o prédio. A Câmara Municipal de há muito devia ter solucionado o problema atravez dos tribunais. São Vicente parece mais um campo bombardeado, a Câmara vende terrenos sem qualquer infraesturaçao sem pensar na cultura, na vida social ou educacional. Por exemplo o Calhau parece um campo de guerra perdido para nao dizer da Baia das Gatas, da Salamansa, ou Lazareto. Que dizer dos terrenos do Fortim d'Elrei? O primeiro culpado dessa catastrofe é o Municipio porque nao sabe pensar a sua cidade. A toponimia também nao funciona...Somente resta bailecos do fi de semana a confundir-se com a cultura do passado...
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