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sexta-feira, 3 de junho de 2016

[9279] - OS NADOS-MORTOS...






EM S.VICENTE DE CABO  VERDE, AFINAL,
NÃO É APENAS AOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS QUE SE PERMITE A DEGRADAÇÃO ATÉ À RUÍNA TOTAL...







HÁ, PELO MENOS, DOIS ENORMES MONSTROS DE BETÃO CUJAS OBRAS ESTÃO PARADAS E QUE, DECERTO, RAPIDAMENTE ENTRARÃO NUM INEXORÁVEL CICLO DE RUÍNA PRECOCE!






Estas fotos, da autoria de Nuno Miguel Curado Ferreira, ilustram o estado de desorganização em que se encontram alguns serviços públicos no Mindelo, transformando a cidade num autêntico caos urbanístico, enquanto a população, que tradicionalmente costumava ser activamente reivindicativa dos seus direitos de cidadania, se resguarda, agora  num "laissez faire" tão incompreensível como a evidente falência do sentimento de orgulho que os mindelenses costumavam ter pela sua cidade!
CORDÁ, MINDELO!!!



6 comentários:

  1. Um Deputado Municipal (da oposição) deve perguntar ao Vereador do Urbanismo o que pensa sobre os dois monstros que, brevemente, estarão prontos para a demolição a expensas do(s) proprietàrio(s).
    Para não se perder a totalidade, podiam vender os apartamentos por preço acessível, no estado em que se encontram, com a obrigação de acabar de os construir num prazo razoável. Seria talvez uma oportunidade para os emigrantes investirem.

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  2. O que não falta em São Vicente são prédios inacabados com inquilinos dentro, e fundações e alicerces de prédios a espera de melhores dias. Há vários anos é assim e em todos os bairros subúrbios da cidade uma boa parte das casas é da cor cinzento do betão, parecendo um estaleiro de obras. Casas a espera do acabamento final, ou a espera de pintura.
    Portanto isso chama-se falta de dinheiro para investir e comprar casa, e agora agravada com este avalanche de casa para todos em construção. Estes dois prédios, pelo seu volume imponente chamaram mais atenção.
    Isso de facto é triste, descaracteriza uma boa parte cidade e da ilha, uma autentica "agressão" visual, que se pode constatar a partir dos diversos miradouros que circundam Mindelo

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    1. Ê certo que muitos não acabam o exterior para não pagarem os impostos camaràrios (ou urbanos). Isso não devia ser aceite. O Municipio devia actuar logo assim que a casa fosse ocupada.
      Conheci um industrial na Chã de Cemitério com um pequeno "palàcio", onde viveu décadas, e morreu deixando a casa por acabar.
      Falta-nos o sentido da cidadania. Precisamos de outra educação ou de uma politica diferente se queremos realmente ser uma Nação.

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  3. Pode ser falta de dinheiro, mas essa situação de casas em bloco ou por pintar não favorece nada a nossa paisagem urbana.

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  4. O programa "Casa para Todos" foi uma intrujice politica que não deu o resultado que esperavam. Penso que não avançaremos enquanto não deixarmos de imitar e avançarmos com o que temos, conforme podermos. Antes as pessoas iam construindo como podiaem e no fim tinham algo decente. Hoje, armam-se em arquitectos para criarem os seus "chalets" ou suas "maisons" e apresentam-nos blocos indefinidos que estragam a paisagem.
    E os senhores arquitectos?
    Eduardo Oliveira

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  5. O problema é que os dois prédios em construcçao pertencem a um cubano que recebeu antecipadamente o valor do prédio e desapareceu deixando dividas no banco de Cabo Verde. Conheço um casal de francezes em Toulouse que compraram um apartamento e nunca mais conseguiram recuperar o prédio. A Câmara Municipal de há muito devia ter solucionado o problema atravez dos tribunais. São Vicente parece mais um campo bombardeado, a Câmara vende terrenos sem qualquer infraesturaçao sem pensar na cultura, na vida social ou educacional. Por exemplo o Calhau parece um campo de guerra perdido para nao dizer da Baia das Gatas, da Salamansa, ou Lazareto. Que dizer dos terrenos do Fortim d'Elrei? O primeiro culpado dessa catastrofe é o Municipio porque nao sabe pensar a sua cidade. A toponimia também nao funciona...Somente resta bailecos do fi de semana a confundir-se com a cultura do passado...

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