PEDRA DE NOSSA SENHORA
RIBEIRA DO PENEDO
SANTO ANTÃO
CABO VERDE
“…. Baltazar Lopes da Silva, em carta remetida a Arnaldo França, e que este deu a conhecer num artigo editado em 1999 na revista “EKOS do PAÚL”, embora assumindo-se como um “epigrafista menos que amador”, opta pela tese de se tratar de uma inscrição de portugueses, eventualmente dos primeiros navegadores que aí aportaram.
Baseando-se nos conhecimentos que adquirira no curso de românicas, concluído em Lisboa, o escritor identifica palavras portuguesas. “Diogo” e, ao pé da cruz, Antº (António) a fez”, e ainda uns caracteres “XPTO” que admite serem uma abreviatura de “Cristão” …”
Colabor. A. Mendes
N.E. - É difícil entender as motivações que levam quem quer que seja a conspurcar algo que pode considerar-se um monumento histórico usando inscrições vergonhosas e denunciadoras de mentes mal formadas... Ocorre, no entanto, perguntar se tais ofensas ao passado não podem, de qualquer forma ser atenuadas, mediante o desgaste da superfície da pedra coisa que parece ser perfeitamente viável com o recurso s um escôpro e a um martelo de escultor...
Acrescentaria que começa a ficar-se com a sensação de que alguns cabo-verdianos não conseguem reconciliar-se com a História, esquecendo que sem ontem não haveria o hoje que nos garante o amanhã!
Zito
Pormenor
É um facto, Zito. Há pessoas que não conseguem reconciliar-se com a História. Eu diria que nem sequer conseguem perceber a sua História, ou se calhar nem se importam com isso porque, tal como afirmou o professor Henrique de Oliveira na sua recente entrevista ao Expresso das Ilhas, é “cada pessoa que constrói a sua natureza humana”. Ora, sem uma natureza humana bem definida, o que supõe um olhar introspectivo de cada um sobre si próprio e a busca de um sentido, é difícil perceber a tessitura da História, o seu ponto de partida, as suas fatalidades e as suas encruzilhadas. Rejeitar a História de que se faz parte é como rejeitar a própria existência. É comprazer-se com o apagá-la simplesmente, e isso é um paradoxo.
ResponderEliminarAlguns dirão que é apenas um problema de educação e escolaridade. Discordo. Conheci em Santo Antão, no interior do Paul, um velhote que não sei se teria a quarta classe completa, mas que me demonstrou saber de onde vinha e se congraçava inteiramente com a sua origem.
De facto, pode-se eliminar essa “indignidade” com um escopo de pedreiro. O que é difícil é esculpir uma mente sã e uma boa consciência.
Amigos a incultura o desprezo pela história e pelo património material e imaterial que se inculca naquela terra só pode dar nisso. Por todo o lado é um padrão de abandono não há nenhuma preocupação em preservar. Numa situação destas os vândalos e os predadores têm a vida facilitada. Para não dizer os profanadores. Este sítio deveria ser minimamente protegido ou as pedras coocadas em sítio seguro
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ResponderEliminarPara contrariar estes selvagens (que também os há e muitos em Portugal e por outras paragens - lembro-me que as autoridades chinesas estão a ameaçar turistas selvagens seus com represálias se fizerem no estrangeiro o mesmo que estes) era tirar a pedrinha dali e colocá-la em bom recato num memorial protegido onde se pudesse fazer dinheiro com ele.
ResponderEliminarBraça farta de selvagens, sejam eles de que nacionalidade forem,
Djack
Apoio a sugestão do Djack.
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