Nisto de corpos e cérebros célebres no frigorífico panteonal, podemos dizer "sim, mas...". E no entanto, um "mas" sem mácula. Ou seja, eu podia escrever em minutos uns 50 nomes de pintores, escultores, arquitectos, compositores, escritores, poetas (entre eles duas poetisas), cientistas e outros que tais que julgo serem tão ou mais merecedores de moradia no sítio - isto, sem desprimor para a poetisa que foi de facto uma das grandes da nossa praça. Mas sei que outras 100 pessoas arranjariam 50 nomes diferentes dos meus, em parte ou na totalidade e ditos com honestidade. Será sempre assim e nada a fazer. Portanto, aplaudamos a trasladada - que mais gostaria de ver os seus poemas e contos lidos e relidos que figurar no engraciano e gélido sítio, coisa que os que escrevem acham ser a que de facto vale a pena.
Braça com folhas de papel escritas por todo o lado, Djack
Ainda no que respeita ao meu primeiro comentário, poderia dizer mais o seguinte: A trasladada teve sorte. Penderam para o lado dela, como podiam ter pendido para outro, igualmente merecedor. Gente nossa desaparecida e com merecimento pelos seus feitos, não nos falta, antes pelo contrário. Assim tivéssemos tanto saldo positivo entre os políticos e seríamos uma pátria de facto feliz...
Em matéria de merecimento, cada cabeça sua sentença... Talvez por isso, quem decide é a A,R, que, pelo menos técnicamente, representa a sensibildade do todo nacional...A questão é que, na realidade, não representa e o leque de sensibilidades ideológicas presente leva à conclusão que a escolha será, sempre, enquinada duma certa névoa política...Faça-se um referendo, pronto!
O critério é realmente difícil de gizar. Escolha-se quem se escolher, haverá sempre opiniões divergentes. No entanto, a escolha de pessoas da cultura é a que suscita ainda assim menos polémica. Se se entrar na escolha de políticos, aí é que a porca torce o rabo. Uma pergunta: por que Salazar não foi para lá enquanto o antigo regime teve a faca e o queijo na mão? Não faço esta pergunta por defender que o ditador merecesse ir para lá, mas sim porque era o deus do regime. Mas julgo saber que em vida ele manifestou o desejo de ficar em campa rasa. De resto, não creio que qualquer político das últimas décadas mereça esta distinção.
Como disse um familiar:
ResponderEliminar" Melhor seria, que voltasse a ocupar o lugar nas Escolas"
Justa Homenagem
Grande poetisa, sem qualquer dúvida.
ResponderEliminarNisto de corpos e cérebros célebres no frigorífico panteonal, podemos dizer "sim, mas...". E no entanto, um "mas" sem mácula. Ou seja, eu podia escrever em minutos uns 50 nomes de pintores, escultores, arquitectos, compositores, escritores, poetas (entre eles duas poetisas), cientistas e outros que tais que julgo serem tão ou mais merecedores de moradia no sítio - isto, sem desprimor para a poetisa que foi de facto uma das grandes da nossa praça. Mas sei que outras 100 pessoas arranjariam 50 nomes diferentes dos meus, em parte ou na totalidade e ditos com honestidade. Será sempre assim e nada a fazer. Portanto, aplaudamos a trasladada - que mais gostaria de ver os seus poemas e contos lidos e relidos que figurar no engraciano e gélido sítio, coisa que os que escrevem acham ser a que de facto vale a pena.
ResponderEliminarBraça com folhas de papel escritas por todo o lado,
Djack
Agora só consigo entrar como "anónimo" e nem sempre à primeira. Veremos quando isto volta ao lugar. De qualquer modo, assinarei sempre.
ResponderEliminarDjack
Ainda no que respeita ao meu primeiro comentário, poderia dizer mais o seguinte: A trasladada teve sorte. Penderam para o lado dela, como podiam ter pendido para outro, igualmente merecedor. Gente nossa desaparecida e com merecimento pelos seus feitos, não nos falta, antes pelo contrário. Assim tivéssemos tanto saldo positivo entre os políticos e seríamos uma pátria de facto feliz...
ResponderEliminarBraça com homenagem,
Djack
Para quando um panteão em Cabo Verde?
ResponderEliminarNa Praia, obvio!
Em matéria de merecimento, cada cabeça sua sentença... Talvez por isso, quem decide é a A,R, que, pelo menos técnicamente, representa a sensibildade do todo nacional...A questão é que, na realidade, não representa e o leque de sensibilidades ideológicas presente leva à conclusão que a escolha será, sempre, enquinada duma certa névoa política...Faça-se um referendo, pronto!
ResponderEliminarO critério é realmente difícil de gizar. Escolha-se quem se escolher, haverá sempre opiniões divergentes. No entanto, a escolha de pessoas da cultura é a que suscita ainda assim menos polémica. Se se entrar na escolha de políticos, aí é que a porca torce o rabo.
ResponderEliminarUma pergunta: por que Salazar não foi para lá enquanto o antigo regime teve a faca e o queijo na mão? Não faço esta pergunta por defender que o ditador merecesse ir para lá, mas sim porque era o deus do regime. Mas julgo saber que em vida ele manifestou o desejo de ficar em campa rasa.
De resto, não creio que qualquer político das últimas décadas mereça esta distinção.