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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

[8942] - A BANHEIRA...


Hoje, dei comigo a vasculhar as páginas do Google em busca de um automóvel semelhante ao que, em 1951, tirei a minha carta de condução, em S.Vicente... E, sorte a minha, encontrei um, igualzinho, à excepção do volante, que era à esquerda e a cor, que era verde garrafa...
Era um carro do tipo "banheira" com capota de lona e comando do travão de mão exterior, da marca Opel e que meu pai havia comprado um ano antes, não me recordo a quem...
O meu instrutor, foi o amigo Ferreira, sargento-mecânico do exército que, sendo um pouco duro de ouvido, era conhecido por "surdão"...Mas não era por mal...
Ainda me recordo que era um veículo difícil de conduzir, de direcção pesada (aínda não havia direcção assistida), suspensão dura (ainda não havia amortecedores a óleo) e, sobretudo, com um motor nada fácil de arrancar, de manivela, pois o motor de arranque ainda estaria em estudo...Creio que não andava a mais de 70 km/hora mas o meu pai afirmava que a mecânica era excelente, no que tinha a concordância de mestre Cunque, que também era adepto da Opel...
Enfim, já lá vão 65 anos mas, como dos velhos amigos, nunca me esqueci da velha "banheira" da Opel!

5 comentários:

  1. Eram carros que raramente deixavam ficar mal os donos. Por outro lado, imagino aquês mnininha de Soncente ta spiá sport Zito t'aprendê ta condzi êss banhera Opel. Era só suspire, desde morada inté Monte Verde... ai aiiiiiiiiiii, ai aiiiiiiiiiiiiiiiii

    Braça ta ri,
    Djack

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    1. Por mero acaso, a última vez que conduzi o espada foi no dia em que fiz o exame de co ndução...No dia seguinte embarcava para Portugal onde, no Porto, frequentei o 6º ano de Ciencias, no Liceu Alexandre Herculano, ao lado do Rainha Santa, onde estudava a Lola (Matos Carvalho)...
      Braça velhinho
      Zito

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  2. Ah que saudades !!!
    O meu pai tinha um carro igualzinho a este, mas com volante à esquerda, fabricado nos princípios dos anos 20 do século passado, marca Wollsley, que comprou (500 mil reis) a um inglês que partia definitivamente.
    Sucedeu coisa que só se passa em terra de engenho como é o caso de SonCente. O motor escangalhou-se e, em vez da carcaça ir para ferro-velho viveu muitos anos com o motor (150 mil réis) de uma camioneta fora de serviço.
    Por falta de pneus (logo depois da II Guerra) o automóvel foi vendido ao Manuel Matos (1.000$00) que se aproveitou da máquina para motorizar... um bote de pesca, vendido para a Guiné (15 contos de reis).
    Nunca esqueci da perseverança do meu herói !

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    1. Que história!!!... Digna de conto.

      Braça perseverante,
      Djack

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    2. Amigo, isso e outros factos foram apresentados no blog Valdas mas, sem qualquer aviso, acabaram com a festinha planetària pois a cada dia e de todos os cantos apareciam adeptos. Lamento, pois perdi muita coisa impossivel de reconstituir.
      Efectivamente na histôria desse carro entre muita gente e muito folclore.
      Perdi o espaço, perdi a "embocadura" e alguns amigos que até me convidaram a visitar o Brasil.
      Munde ê piqnim e... agora mais vale sonhar.
      Braça de sodade

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