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domingo, 23 de outubro de 2016

[9823] - CONHECER A HISTÓRIA...



Quando os EUA nasceram, no final do séc. XVIII, havia uma grave crise com os muçulmanos do norte da África. 
Eram povos oficialmente muçulmanos, que viviam sob as leis do Corão.
- Estes islâmicos atacavam os navios que passavam pelo Mediterrâneo, incluindo os   americanos, sequestrando, escravizando e matando ocupantes, além de saquear a carga. Os navios americanos eram normalmente protegidos pela marinha inglesa antes da independência dos EUA, mas depois de 1776, era cada um por si.
- Os piratas muçulmanos cobravam fortunas para resgate dos reféns e os preços subiam sempre a cada sequestro bem sucedido. Thomas Jefferson opôs-se veementemente aos pagamentos, mas foi vencido pelo voto. Os EUA e as outras nações com navios sequestrados, aceitavam pagar os resgates e subornar os piratas. O Presidente americano era George Washington.
- Por volta de 1783, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin e John Adams vão para a Europa como Embaixadores, para negociar tratados de paz e cooperação. Os EUA nasceram em 1776 e desde então, estavam mergulhados  na Guerra de Independência. Assim que a situação acalmou, essas três grandes figuras  saem em missão diplomática para representar o país.
- Em 1786, depois de dois anos de conversações diplomáticas com os islâmicos, Thomas Jefferson e John Adams encontraram-se com o embaixador dos povos que ficavam na região de Trípoli, actual Líbia, chamado Sidi Haji Abdul Rahman Adja. Jefferson estava incomodado devido aos ataques que não acabavam, mesmo com todos os esforços de paz. Quis saber por isso, com que direito os muçulmanos continuavam a sequestrar e a matar os americanos. 
- A resposta que ouviu, marcou Jefferson para sempre: "o Islão foi fundado nas Leis do Profeta, que estão escritas no Corão, e diz que todas as nações que não aceitarem a sua autoridade são pecadoras, que é direito e dever declarar guerra contra os seus cidadãos onde puderem ser encontrados e fazer deles escravos; e que todo o muçulmano que for morto na batalha irá de certeza para o Paraíso." 
Jefferson ficou chocado. Ele não queria acreditar que uma religião literalmente mandava matar todos os que considerava infiéis e que quem morresse na batalha iria para o paraíso.
- Durante 15 anos, o governo americano pagou os subornos para poder passar com seus navios na região. Foram milhões de dólares, uma quantia que representava 16% de todo orçamento do governo federal. O primeiro presidente do país, George Washington, não queria ter forças armadas permanentes, por não ver riscos de ataques ao país, mas os muçulmanos fizeram mudar esta ideia. Os subornos serviriam para evitar a necessidade de ter forças militares permanentes, mas não estavam a funcionar porque os ataques continuavam. Quando John Adams assume a Presidência dos EUA, as despesas sobem para 20% do orçamento federal.
- Em 1801, Jefferson  torna-se  no terceiro presidente americano e, mal tinha esquentado a cadeira, recebe uma carta dos piratas aumentando o preço da autorização para  navegar naquela área. Jefferson fica louco e, agora como presidente, diz que não vai pagar nada.
- Com a recusa de Jefferson, os muçulmanos de Trípoli tomaram conta da embaixada americana e declararam guerra aos EUA. Foi a primeira guerra da América após a independência. A marinha de guerra americana foi criada exactamente para esse conflito. As actuais regiões da Tunísia, Marrocos e Argélia juntaram-se aos líbios na guerra contra os americanos, o que representava praticamente todo norte da África com excepção do Egipto.
- Jefferson não estava para brincadeiras. Mandou os seus navios para a região e o conflito durou até 1805, com a vitória americana. O presidente americano ainda colocou tropas ocupando o norte de África, para manter a situação sob controle.
Thomas Jefferson ficou realmente impressionado com o que aconteceu. Ele era contra as guerras e escreveu pessoalmente as leis de liberdade e tolerância religiosa que estão na origem da Constituição americana, mas  entendeu que o Islão é totalmente diferente, era uma religião imperialista, expansionista e violenta.
Jefferson mandou publicar o Corão em inglês em 1806, lançando a primeira edição americana. Ele queria que o povo americano conhecesse o Corão e entendesse aqueles povos do norte da África que roubava, saqueava e matava, cobrava resgates e que declarou guerra quando os pagamentos cessaram.
Durante 15 anos, um diplomata de Jefferson chegou a dizer, que os americanos eram atacados porque não atacavam de volta, sendo vistos como fracos. A fraqueza americana foi um convite para os muçulmanos daquela época, como é hoje para o ISIS.  
Só houve paz na região quando Jefferson atacou e venceu a guerra, ocupando depois  o território. Só assim  foi conseguida a paz. 
Barack Obama quer saber hoje como os muçulmanos estão na história americana? 
Eles estão como os motivadores da primeira guerra; foram eles que forçaram a criação das forças armadas que nem existiam, e fazem parte até do hino dos marines que começa com "From the Hills of Montezuma / To the shores of Tripoli".

Como é bom e importante conhecer a História Mundial!...


4 comentários:

  1. A Histôria não mente. Quem mente são os que dizem ser "de Paz" e que trazem uma espada pronta para aniquilar até os prôprios corrlegionàrios que não os obedece segamente. Quem deseja a guerra a todo o preço é um anti-ser e, por isso, indesejàvel na sociedade.
    Paz precisa-se.

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  2. Eu já tinha lido qualquer coisa sobre este assunto e até vi um programa num desses canais televisivos temáticos relacionado com um episódio sobre o acontecido.
    Mal sonhava a América que haveria de ser o polícia do mundo. Lembre-se que na sua primeira intervenção num conflito bélico à escala mundial - I Guerra Mundial - a América ainda estava a léguas do apetrechamento militar que tinham os países europeus mais fortes. Era tudo muito rudimentar ainda, pelo que a força de intervenção então enviada para a Europa (grande parte formada por recrutamento voluntário) teve de receber instrução dada pelos ingleses e passar por um estágio de preparação antes de entrar em combate contra as forças da Tríplice Aliança (Império Alemão, Áustria-Hungria e Itália). A partir daí é que começou a despertar o monstro.

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  3. Acho que ninguém, a não ser eu, percebeu o que se passou no post 9821... o que é grave, muito grave...

    Braça de Djosa c'atençon,
    Djosa de nha Bia (aquel dia m'ca bibê grog)

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