Páginas

domingo, 30 de outubro de 2016

[9854] - M A N I F E S T O ...



Cabo Verde é um país de uma cultura rica e diversificada. Um país com uma história que devia ser contada com orgulho e conhecimento, mas que continua apagada e ignorada. Aliás temos uma história abrangente e universal que carece da promoção governamental. Enquanto ignoramos as nossas potencialidades históricas e culturais, os sucessivos governos de casmurros arrogantes continuam apoiando a promoção do Alupek, insistindo no seu ensino a nível nacional, desrespeitando a tudo e todos nas outras ilhas onde as variantes do nosso idioma crioulo são diferentes e escrevem de formas diferentes. Aliás, os promotores do Alupek continuam ganhando terreno com as suas mentiras de que cada cidadão falará e escreverá o crioulo como bem entender. Com esta desgraçada conivência do Governo em forçar as crianças das outras ilhas a estudar, escrever e falar o Alupek nas classes (chamadas de aulas experimentais), estamos a destruir o que faz parte da nossa diversificada cultura nacional, com 9 ilhas habitadas e variantes diferentes em cada ilha. 
Agora perguntamos: Mas, afinal, se cada um deve continuar a escrever e falar o seu variante crioulo porque carga de água as crianças de São Vicente terão que ser educadas em aulas com livros escritos em Alupek? Que raio de país é este nosso país onde alguns de uma ilha tentam a todo custo impor as suas vontades linguísticas nas populações das restantes 8 ilhas habitadas? Porque razão os professores em Mindelo têm que usar, (sem saber as pronúncias corretas dessa invenção estúpida), o dialeto de Santiago para ensinar alunos de São Vicente, sabendo de antemão que as duas variantes do crioulo são totalmente diferentes? Onde foi parar o orgulho dos são-vicentinos, para se deixarem ser manietados desta forma? Espero que tanto os professores de São Vicente como os das outras ilhas sejam homens e mulheres capazes e determinados e que os pais e encarregados de educação desses alunos saibam exigir o ensino de línguas estrangeiras desde a primeira classe em vez desta invenção absurda de um grupo de Santiaguenses que estribam nas amizades políticas para imporem as suas ideias absurdas e de arrogâncias daninhas e que estão destruindo esta nossa corrupta e violente sociedade.

Silva Antonio, Fidélia Silva, José Fortes Lopes, José Manuel Almada Dias, Nuno Andrade Ferreira, Julio Lopes, Herminio Duarte Monteiro, Antonio Pedro Rosa, António Alte Pinho, Lena Gomes, Valdir Alves, Pedro Pedro Ben'Oliel Chantre, Benvindo Chantre Neves, David Leite

4 comentários:

  1. REACÇÃO DE EDUARDO MONTEIRO (FACEBOOK)
    Caro José Fortes Lopes, se não estou em erro , desde do ano passado há duas Escolas em Chã de Cemitério que vem ensinado os alunos o Alupek, como no falar do doutrinador- mor "Marsinu", nosso " Lingu Maternu", este fundamentalista do alto da sua arrogância apelida os que se opõem a esta estupidez de Catchor de 2 pés, e outros epítetos muito em voga no período que antecedeu a independência , os professores nada , ou muito pouco podem fazer num estado providencial , onde o grosso dos funcionários públicos são docentes, desde do ensino básico, passando pelo secundário e universitário. O bem estar social depende do ordenado que percebem da atividade letiva, é compreensível que não vão jogar fora o seu ganha pão. Cabe a sociedade, os pais e encarregados de educação insurgirem contra esta decisão insana, estupida, e tresloucada. Os fundamentalistas cientes dessas fragilidades que já referi , puseram em margem há muito tempo a máquina que vai erradicar de vez o colonialismo de Cabo Verde que não é, outra coisa senão a língua portuguesa , para esses patriotas ou patetas esse é um ato de patriotismo. O tal patriotismo bacoco que tu e a Drª Hondina o chamaram. O grande poeta Fernando Pessoa dizia que a sua pátria era a Língua Portuguesa , para mais tarde o Amílcar Cabral corroborar com ele ao afirmar que o maior legado que os tugas nos deixara era a sua Língua.
    Esse bando de malfeitores aproveitou todo o trabalho do saudoso professor Dr. Baltasar Lopes da Silva, que tanta falta nos faz, que ao prefaciar a Aventura Crioula de Manuel Ferreira diz e passo a citar: (....) " Por outro lado, e ainda a conferir maior riqueza de vogais a Sotavento , o "e" mudo final do étimo português está representado por um "i" breve, o que dá à pronuncia das palavras com esta terminação um sabor de fala brasileira. Eis a razão principal por que me parece que o crioulo padrão para uso literário se há-de fixar, partindo da base fonética do falar de Sotavento, quanto à estrutura morfológica, ela é a mesma em todo o arquipélago, salvo uma ou outra particularidade de pormenor, fim de citação. O nosso mestre tem duvidas "segundo me parece", usa a palavra Sotavento não especificamente Santiago. Ao imporem a variante de Santiago como língua padrão para uso literário estão a desrespeitar todas as outras variantes faladas no arquipélago. Para a nossa, Sãovicentinos, desdita ou má sorte ficamos eternamente colonizados. Já não estarei aqui no dia que o capitão Ambrósio regressar. Bom fim de semana
    Um abraço do amigo Eduardo Monteiro (facebook)

    ResponderEliminar
  2. AFINAL O GOVERNO MPD VAI IMPLEMENTAR O FAMIGERADO ALUPEK EM S. VICENTE, O QUE O PAICV NÃO FEZ.
    PAICV MPD DOIS IRMÃOS SIAMESES FILHOS DO PAIGC
    Acabo de ser informado que apesar da Mudança de Governo em Março último com a vitória do MPD que o famigerado e ALUPEK vai ser implementado em S. Vicente. Recorde-se que a Reforma na qual se baseia o ALUPEK pretende erradicar pura e simplesmente o ensino da língua portuguesa em Cabo Verde e substituí-lo pura e simplesmente pelo do crioulo de Santiago, uma pretensão levada a cabo desde 1975 por perigosos esquerdistas que continuam a mandar nos bastidores em Cabo Verde ao qual se associou um grupo fundamentalista africanista localizado na ilha de Santiago, que tem um ajuste de contas com a língua portuguesa e pretensões hegemónicas em Cabo Verde. Para além disso pretendem substituir a tradicional escrita etimológica do crioulo baseado na língua portuguesa, ou seja no latim, por um sistema muito em voga em África e que alguns jovens utilizam nos chates mails facebooks etc com uma combinação de k (kapas)e w etc e outras aberrações. Com o Alupek morrem os crioulos e a língua portuguesa em Cabo Verde.
    O ALUPEK faz desaparecer a letra C. Esta variante do alfabeto pode ser apropriado para o crioulo de Santiago mas não o é para o crioulo das outras ilhas. No futuro os jovens cabo-verdianos quando estiverem a escrever em língua portuguesa, francesa, inglesa o farão em ALUPEK. Sob a pressão dos Regionalistas desde 2008 a pretensão dos Fundamentalistas abrandou um bocado, pois normalmente já teriam submerso Cabo Verde com esta reforma. Mesmo assim, continuam a mentir aos cabo-verdianos, nesta sanha de hegemonia da ilha de Santiago sobre o resto de Cabo Verde.
    Não somente esta reforma é louca por várias razões que já apontamos em artigos, pois relega para o nível de língua estrangeira a língua portuguesa, uma ferramenta indispensável, o único elo de ligação com o mundo, é também uma perigosa utopia e aventura, pois também pretende acabar com todos os Crioulos do arquipélago, De resto hoje oficialmente o único crioulo oficial é o desta ilha e a língua portuguesa praticamente desapareceu do panorama do arquipélago, ao ponto que só uma elite privilegiada a fala hoje correntemente. Os fundamentalistas pretendem que todo o Cabo Verde fale o crioulo de Santiago vulgo badio, o que a acontecer seria um genocídio linguístico.
    Afinal onde estão as Mudanças prometidas pelo MPD? Este partido deveria extinguir o ALUPEK e o ensino no crioulo até ver as implicações sociais e políticas desta reforma, mas como este partido é um movimento pró Praia e pro-Santiago não podem governar sem satisfazer estes grupos fundamentalistas.
    Os regionalistas exigem que o crioulo de todas as ilhas seja respeitado em pé de igualdade e que a língua portuguesa continue a ser ensinada nestas ilhas. Não há Estatuto Especial para o Crioulo de Santiago nem para nenhum outro crioulo. Exigimos também a suspensão da implementação do ALUPEK no Norte de Cabo Verde!!

    ResponderEliminar
  3. O MPD continua na mesma senda, no mesmo trilho do PAICV, as mesmas utopias. Todas as políticas todos os dossier deixados por aquele desgoverno estão sendo seguidos, cumpridos ao ponto de se perguntar onde estão as mudanças, se não há um governo sombra por de traz dos governos de Cabo Verde, para defender os mesmos interesses de alguns. Até agora nenhuma promessa foi cumprida em relação às mudanças, não há nada de novo debaixo dos céus, é mais do mesmo em relação ao PAICV. Continuam com as mesmas políticas fundamentalistas protegendo exclusivamente a ilha de Santiago e desenterrando as mesmas bandeiras radicais do PAICV que julgávamos enterradas com a mudança em Março último.
    Todos os dias anunciam milhões, projectos exclusivamente direccionados para Santiago e nada para as restantes ilhas, para além de promessas vagas, continuando mesmo a boicotar projectos para a rival S. Vicente, uma ilha mais do que ruínada pelas sucessivas políticas do PAIGC, MPD PAICV, implementadas ao longo de 40 anos.
    Imaginem só faltava implementar o Alupek no Norte de Cabo Verde!! Quem é essa Ministra da Educação?
    Já começa a haver muita gente decepcionada!!
    Pois eles que se amanhem pois não vão poder enganar todos todo o tempo, podem ruir antes do tempo!! Quem os pôs no poleiro encarregar-se-á de os remover. Espero que não passaremos do estado de graça actual para o da desgraça!!
    De resto um amigo disse :
    Agora apetece-me simplesmente observar que este partido que governa - o MpD - está a deixar cair uma máscara com uma rapidez e desfaçatez que me surpreendem. Como eu disse ontem num comentário, nem sequer cuidam das aparências porque pensam que têm tudo no papo.

    ResponderEliminar
  4. Subscrevo o Manifesto. Perdi qualquer ponta de fé naqueles que têm governado a nossa terra. Penso que com um verdadeiro escrutínio eles nunca teriam qualquer possibilidade de aceder aos cargos que detêm. Depois, custa entender que a governação do país se tenha concentrado exclusivamente nas mãos das gentes de Santiago.

    ResponderEliminar